domingo, 28 de março de 2010

Meditação Dominical

A paz esteja conosco
Neste domingo de Ramos,possamos viver o maior mandamento do Cristo:"Amai uns aos outros como eu vos amei" Amar sem receber nada em troca. Amar sem a exigência de ser amado. Amar de forma incondicional. Viva a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, viva o Deus da vida que hoje entra com amor e vitória em sua casa em sua vida. Uma santa semana a todos nós.
ML Max

sexta-feira, 19 de março de 2010

Um pouco da história do Anglicanismo

O Anglicanismo
Origem
Não se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas, mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.
A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.
No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, o Grande, mandou uma comissão de monges, chefiada pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Cecília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária, figura centralizadora da Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Boa parte dos costumes celtas cederam à dominante forma romana e latina do cristianismo ocidental.
Em 1534, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se da questão com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão.
Esta separação, não obstante tenha acontecido por interesses pessoais e políticos, era um velho sonho da Igreja da Inglaterra, que nunca tinha aceito plenamente a dominação Romana. Não se pode, portanto, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana. Este processo de separação, em meio à Reforma Protestante, não marcava o surgimento de uma nova Igreja, mas sim a alforria (libertação) definitiva de uma Igreja Cristã que se desenvolvia desde o século III de nossa era.
Com a libertação dos domínios da Igreja Romana, a Igreja da Inglaterra passa a denominar-se Anglicana. Tornando-se a Igreja oficial da Inglaterra. Teve como Igreja mãe a Catedral de Cantuária, e seu bispo passou a ser o Primaz da Igreja Anglicana, o qual é o símbolo da Comunhão Anglicana Mundial.
A Igreja Anglicana está no brasil a 200 anos, a primeira Igreja foi construída no Rio de Janeiro em 1810. O anglicanismo se compreendeu desde sua separação com Roma, como uma Igreja Reformada e Católica.
Reformada – na medida em que ela foi moldada pelos princípios da Reforma Protestante do século XVI. O caráter mais reformado encontra-se na expressão dos 39 Artigos da Religião. Os quais expressão com muita objetividade a essência do anglicanismo. No entanto os costumes e a liturgia da Igreja Anglicana está no LOC (Livro de Oração Comum).
Católica – na medida em que se definiu como uma parte da igreja universal de Jesus Cristo, em perfeita sucessão apostólica. Mantendo em suas celebrações o ritual da Igreja do primeiros tempos do cristianismo.
ML. Max
cf. www.cofe.anglican.org

sábado, 13 de março de 2010

Ensinamentos de fé 3

Por: Maxmiliano Batista de Oliviera Ministro Licenciado da IAB
Queridos amigos (a) da Missão Cristo Bom Pastor, Arquidiocese Anglicana Thomas Cranmer. Neste 4º Domingo da Quaresma, somos convidados, pela santa Igreja, a refletir sobre a parábola do filho pródigo. (CF.LC. 15, 11-32). Esse texto bíblico retrata de forma incondicional o amor de um pai para com o filho. Esse amor revelado por Jesus nessa parábola nos mostra que Deus está Vivo e continua a amar seus filhos como nos primórdios. Sim, Deus vós ama, ama muito e não se esqueceu de seu povo, que vive muitas das vezes, devido a catástrofes e outras situações em um vale de lágrimas em busca da Salvação para todos os seus amados. Este amor de misericórdia que inicia aqui e termina na Eternidade em união com todos os nossos queridos que já foram chamados aos braços do Pai. (Cf. Is. 49,1-6).
Depois de muita festa, bebedeiras esse filho percebeu que tinha quase tudo, menos os braços amáveis de seu pai, compreendeu então que sem o abraço do pai não poderia mais ser feliz. O que o filho depois dessa constatação fez? Voltou para os braços daquele que o ama acima de tudo.
Hoje eu te convido: volte aos braços de seu Deus, permita que Ele te conduza pelos vales e campinas verdejantes. (CF. SL. 23,2). Que te leve a plena paz. Não temas em abraçá-lo novamente, Ele é teu Deus.
Depois de muitos temporais que se passa e passou em nossas vidas sempre vem o sol a brilhar das trevas geradas pela degradação humana de todos os tempos e idades. Muitas das vezes nos tornamos egoístas, queremos tudo para nós, acreditando que sozinhos podemos tudo. Mas percebemos que não podemos repetir a história de ciúmes e inveja como de Cai e Abel (CF. Gênesis 4,3-4) não sigamos pelas vielas das fraquezas do ser humano, que não deseja o pecado, mas por falta de luz, contemplação, mística acaba por cair em tentação e por fim, realizar todo o tipo de mal a humanidade.
Deus não faz acepção de pessoas, Jesus Cristo em sua jornada carnal pelo Mundo jamais condenou ou discriminou pessoas. Não mandou matar, não mandou queimar fogueiras, não mandou torturar, não mandou caluniar e muito menos dar excomunhões.
Deus é amor, misericórdia e compaixão quem assim não age deixa de assemelhar-se com Deus e passa a revelar-se contra Deus.
Quem não ama jamais poderá sentir o amor de Deus. Muito menos pregar ou agir em nome Dele. Quem não ama deixa de ser a semelhança de Deus.
Amemo-nos como Ele nos amou, voltemo-nos a casa do PAI. E aqui lanço uma dica aos religiosos e aos cristãos. Precisamos resgatar o bem, para todos os crentes. Aceitarmos nossos irmãos mesmo que tenham outras formas, crenças de amar a Deus, se assim compreendermos estaremos constatando a verdade do livro dos Atos (CF. AT. 4,12). Onde afirma: “o Espírito sopra onde quer”. Portanto não precisamos de Dogmas de sua Excelsa capacidade, onisciência, potência, etc. Afirmo que ninguém, igreja alguma tem Deus como sua propriedade. O PAI é nosso, e não desse ou daquele. Deus é amor, tudo o que fizermos no amor será bom aos olhos de Deus.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O que significa ser anglicano

Texto afixado na entrada da Catedral de Cantuária: Paróquia-Mãe da Igreja Anglicana - Inglaterra
Ser Anglicano significa...

1.Ser parte da Igreja de Cristo, sem excluir ou isolar-se de outros cristãos, participando da vida do povo de Deus, com suas alegrias e tristezas.

2.Pertencer a uma comunidade onde cada pessoa é respeitada em sua individualidade e pode utilizar os seus talentos.

3.Apresentar uma teologia baseada nas Escrituras Sagradas e na Tradição, coerente com a inteligência e com a razão.

4.Estar disposto a celebrar a unidade na diversidade.

5.Considerar com serenidade as Escrituras Sagradas, sem crer que cada passagem deva ser interpretada literalmente.

6.Preferir a liberdade em Cristo, mais que a uniformidade de opiniões.

7.Sentir devoção e reverência pelos Sacramentos, sem tentar definir cada ponto desses grandes mistérios.

8.Conceber o ministério como dever e privilégio de todos os batizados.

9.Insistir na moralidade (aquilo que é bom, edifica) e evitar o moralismo (que define a salvação decorrente de uma conduta e não pela obra de Cristo).

10. Participar da herança apostólica, a fé no Evangelho de Cristo.

11. Ser parte de uma história antiga e sagrada, que se renova a cada dia.

12. Crer que a Igreja é de todos e que todos têm o privilégio de sustentá-la segundo a possibilidade de cada um.

13. Participar da administração e do governo da Igreja segundo a ordem estabelecida.

14. Pertencer a uma família internacional, intercultural e inter-racial que, por mandato de Cristo, proclama o Evangelho até o último rincão da terra.

MAX

domingo, 7 de março de 2010

Ensinamentos de fé 2

Bendito seja Deus Pai, Filho e Espírito Santo
3º Domingo da Quaresma - LC 13,1-9

Prezados amigos (a) o evangelho de Lucas trata de um tema muito discutido entre o povo cristão, a conversão. Lucas chama a atenção para o ato misericordioso de Deus, ato esse cheio de Graça. A graça de Deus abunda entre nós, mas cabe a nós aceitá-la. Esta graça nos renova, nos torna seguidores desse Deus misericordioso. A conversão nada mais é do que a busca constante desta graça transformadora, que nos edifica, nos mostra a cada momento que é preciso voltar ao abraço com Deus e deixá-lo nos seduzir por sua misericórdia, assim seremos mais cristãos conosco e com nosso semelhante. De nada vale não comer isso ou aquilo, nesse ou naquele tempo, se não formos cheios da graça e da misericórdia para com os outros. O período da quaresma é um convite ao silêncio a meditação, para que possamos ouvir mais a graça de Deus e transformar a árvore infrutífera em uma planta cheia de frutos do amor, da misericórdia, da paz e da tolerância. Amigos (a) ser anglicano é converter-se a cada dia em uma pessoa melhor. "O arqueiro molda a flecha, o carpinteiro a madeira e o sábio a si mesmo" Sejamos esse sábio que vai se lapidando a luz do evangelho.
Bendito seja o nome Santo de Deus.
rev. Maxmiliano Batista