quinta-feira, 8 de julho de 2010

Meditação

Salmo130
Das profundezas do desespero
Não muito tempo depois do descobrimento do Brasil um viajante e cronista alemão chamado Hans Staden naufragou nas imediações de Itanhaém, cidade do litoral de São Paulo, onde foi aprisionado pelos índios tupinambás. Ele mesmo conta que se livrou de morrer em ritual antropofágico porque, em profundo desespero, abriu a sua boca e cantou um hino baseado no Salmo 130. Os índios, receando serem castigados pelo Deus a quem ele clamava, desistiram de sua intenção canibalesca e deixaram-no partir.

Este hino, escrito por Martinho Lutero, reproduz em versos poéticos o principal conteúdo do Salmo 130 e começa com estes versos: “Das profundezas clamo, ó Deus, escuta os meus gemidos”. O Salmo 130 é um brado das profundezas do desespero, em que o salmista espera pelo Senhor mais do que os vigias esperam o amanhecer.

Só Deus sabe quantos cristãos já se serviram deste salmo em situações angustiantes e foram socorridos, não sempre de uma maneira tão milagrosa como o nosso cronista, mas de qualquer modo receberam o socorro adequado às suas necessidades mais prementes.

Infelizmente há muitos que detestam ser dependentes da ajuda divina e preferem resolver os seus problemas por outros meios de ajuda, às vezes contrários à vontade de Deus. Outros há que não querem confiar totalmente em Deus e estender a ele as mãos vazias. Procedem como aquela menina que não conseguia tirar a sua mão que tinha enfiado num vidro, porque não quis abri-la para não deixar cair uma moeda que segurava.

Martinho Lutero disse certa vez que somos como mendigos com as mãos estendidas, e só o Deus misericordioso e perdoador pode nos encher as mãos.
Jesus prometeu encher também as nossas mãos com os tesouros de sua salvação quando vamos a ele de mãos vazias.

Oremos: Senhor Jesus, enche também as minhas mãos vazias com os tesouros de tua salvação. Amém.

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