segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A VIDA

Bendito seja Deus Pai , Filho e ESPÍRITO SANTO.

Amados em Cristo, a celebração de finados nos leva a uma bela reflexão sobre a vida. Pois essa é nossa maior riqueza, nosso maior tesouro. O que temos feito para melhorar nossa existência nesse mundo, onde as coisas passam tão depressa.Onde o tempo é nosso maior mestre, mas porque na maioria das vezes não ouvimos sua lição? Será que estamos preocupados demais ou ocupados de menos. Sabemos pela lei da natureza que não podemos acrescentar dias a nossa vida, mas pela espiritualidade aprendemos do texto bíblico que podemos acrescentar vida aos nossos dias. Finados não é a celebração da tristeza mas sim da saudade, daqueles que um dia estiveram junto de nós. Creia que hoje e sempre somos um em Deus. Tudo foi criado por Ele e para Ele.

Rev. Max

domingo, 26 de setembro de 2010

Ordenação Diaconal

A Missão Anglicana Cristo Bom Pastor tem a alegria de convidar a toda a comunidade para a ordenação do nosso querido Ministro a ordem diaconal no dia 17/10/10, às 19:00 Sejam bem vindos.

domingo, 8 de agosto de 2010

DEUS É CONTIGO

PAX DOMINI
Amados (as) no Senhor Jesus Cristo, como é bonito ver nos dias de hoje pessoas determinadas, convictas da graça de Deus em suas vidas. Vejo nessas pessoas um pouco da face de Gideão, homem simples que aceitou a graça de Deus e jogou fora o medo, a incerteza e colocou-se a combater os midianitas, povos que escravizavam os hebreus. Esse homem de Deus com um exército de apenas 300 soldados venceu o exército de mais de 135 mil midianitas. Queiramos nós hoje ouvir da boca dos anjos o que Gideão ouviu: “O Senhor é contigo, homem valente” (cf. Jz 6,12) Eis a voz profética chegando a você, ser humano valente, pois Deus é contigo e tudo pode acontecer na sua vida, o Senhor que transformou água em vinho, vai transformar poderosamente os seus caminhos. Proclame que sua vida é uma benção e, em Jesus Cristo tudo podes, pois ele nos fortalece.
Oremos: Senhor Jesus nos faça cada vez mais corajosos, para enfrentarmos de pé todas as provações da vida. Tu és conosco Deus forte, Deus santo, Deus imortal. Amém...
Ministro Maxmiliano Oliviera

domingo, 11 de julho de 2010

Meditação

PAX DOMINI
SALMO 102
A vida é breve
Um dos fatos que desde sempre tem abalado os homens é a transitoriedade de sua vida. Poetas, filósofos e os mais variados autores já explanaram sobre esse tema em suas obras e reflexões. Já dizia o poeta grego Homero que as pessoas se sucedem como as folhas nas árvores. Outro poeta lamentou sobre os anos de sua querida infância que não voltam mais. As vezes nos indagamos: porque nossos anos passam tão rápidos? Na maioria das vezes estamos tão cheios de afazeres que nos esquecemos de aproveitar a brevidade de cada momento.

Também na Bíblia esse tema é abordado diversas vezes. Moisés disse no Salmo 90 que as pessoas não duram mais do que um sonho; são como a erva que brota de manhã e de tarde seca e morre; e Tiago escreve no capítulo 4 de sua epístola: “Vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece”. Essa é uma constatação, nossa missão aqui tem um tempo, por isso façamos desse tempo amor, sorrisos, abraços.

No Salmo 102, versículo 11, o autor afirma que a sua vida é como as sombras do anoitecer e vai secando como o capim. Porém, depois exclama ao dirigir-se a Deus: “Mas tu és sempre o mesmo, e a tua vida não tem fim”.

Há um hino de Natal que ressalta o contraste entre a brevidade da nossa vida e a eternidade de Jesus. Este hino fala do resplendor das velas natalinas e outras belezas do período de Natal que alegram o nosso coração, e de como passam rápido estes momentos alegres. Mas no verso final, o hino deixa bem claro que “Só Jesus nos pode proporcionar alegrias que jamais perecerão”.

O autor do Salmo 102 humilha-se perante Deus e confessa a sua fragilidade, mas regozija-se porque o seu grito de socorro é atendido por um Deus eterno. Também nós podemos ter certeza de que as nossas alegrias passageiras um dia vão ser transformadas em alegrias eternas por causa da nossa fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus que nos amou e se entregou na cruz por nós (Gl 2.20).

Oremos: Senhor Jesus, transforma também as nossas alegrias passageiras em alegrias eternas. Faça de nós eternos. Amém.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Meditação

Salmo130
Das profundezas do desespero
Não muito tempo depois do descobrimento do Brasil um viajante e cronista alemão chamado Hans Staden naufragou nas imediações de Itanhaém, cidade do litoral de São Paulo, onde foi aprisionado pelos índios tupinambás. Ele mesmo conta que se livrou de morrer em ritual antropofágico porque, em profundo desespero, abriu a sua boca e cantou um hino baseado no Salmo 130. Os índios, receando serem castigados pelo Deus a quem ele clamava, desistiram de sua intenção canibalesca e deixaram-no partir.

Este hino, escrito por Martinho Lutero, reproduz em versos poéticos o principal conteúdo do Salmo 130 e começa com estes versos: “Das profundezas clamo, ó Deus, escuta os meus gemidos”. O Salmo 130 é um brado das profundezas do desespero, em que o salmista espera pelo Senhor mais do que os vigias esperam o amanhecer.

Só Deus sabe quantos cristãos já se serviram deste salmo em situações angustiantes e foram socorridos, não sempre de uma maneira tão milagrosa como o nosso cronista, mas de qualquer modo receberam o socorro adequado às suas necessidades mais prementes.

Infelizmente há muitos que detestam ser dependentes da ajuda divina e preferem resolver os seus problemas por outros meios de ajuda, às vezes contrários à vontade de Deus. Outros há que não querem confiar totalmente em Deus e estender a ele as mãos vazias. Procedem como aquela menina que não conseguia tirar a sua mão que tinha enfiado num vidro, porque não quis abri-la para não deixar cair uma moeda que segurava.

Martinho Lutero disse certa vez que somos como mendigos com as mãos estendidas, e só o Deus misericordioso e perdoador pode nos encher as mãos.
Jesus prometeu encher também as nossas mãos com os tesouros de sua salvação quando vamos a ele de mãos vazias.

Oremos: Senhor Jesus, enche também as minhas mãos vazias com os tesouros de tua salvação. Amém.

domingo, 4 de julho de 2010

Meditação

PAX DOMINI
Amados (as) no Senhor Jesus Cristo, como é bonito ver nos dias de hoje pessoas determinadas, convictas da graça de Deus em suas vidas. Vejo nessas pessoas um pouco da face de Gideão, homem simples que aceitou a graça de Deus e jogou fora o medo, a incerteza e colocou-se a combater os midianitas, povos que escravizavam os hebreus. Esse homem de Deus com um exército de apenas 300 soldados venceu o exército de mais de 135 mil midianitas. Queiramos nós hoje ouvir da boca dos anjos o que Gideão ouviu: “O Senhor é contigo, homem valente” (cf. Jz 6,12) Eis a voz profética chegando a você, ser humano valente, pois Deus é contigo e tudo pode acontecer na sua vida, o Senhor que transformou água em vinho, vai transformar poderosamente os seus caminhos. Proclame que sua vida é uma benção e, em Jesus Cristo tudo podes, pois ele nos fortalece.
Oremos: Senhor Jesus nos faça cada vez mais corajosos, para enfrentarmos de pé todas as provações da vida. Tu és conosco Deus forte, Deus santo, Deus imortal. Amém...
Ministro Maxmiliano Oliviera

terça-feira, 29 de junho de 2010

INAUGURAÇÃO

PAX DOMINI

Felizes estamos, pela bela inauguração do Templo anglicano do bairro canasvieiras, aqui em Floripa. Foi no dia 27/06/10, onde os irmãos congregaram da palavra e da partilha do amor de Deus. O lema do Santo Culto foi: "Deus é amor" portanto tudo que se faz no amor é bom aos olhos de Deus. Parabéns a todos que se empenharam nesse momento tão nobre para nossa comunidade de fé. Agradeço a expressão de congratulação dos irmãos de outras igrejas que participaram conosco desse momento. Pois para nossa comunidade as diferenças religiosas são flores do mesmo jardim. São ramos da mesma árvore. Portanto, são todas verdadeiras.

Paz e bem
Rev. Maxmiliano

domingo, 13 de junho de 2010

A VOZ DAS ERAS

Texto do líder máximo do Anglicanismo Mundial, o Arcebispo de Cantuária, Sua Graça Reverendíssima Dr. Dom Rowan Williams


ROWAM WILLIAMS: A VOZ DAS ERAS

Século I:
“Certamente que os gentios têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os gentios
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a teologia tradicional nos
permite chegar nessa direção.

Século VII:
“Certamente que os seguidores de Agostinho têm lugar na Igreja, assim como todos os
batizados.”
O debate é não apenas sobre a data da Páscoa, mas sobre os limites do cuidado pastoral
adequado e o lugar que os seguidores de Roma podem ocupar nos cargos eclesiásticos.
A questão é até onde a tradição Celta da Igreja nos permite chegar nessa direção.

Século XII:
“Certamente que os anglo-saxões têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado, e o lugar que os Anglo-saxões podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a tradição Normanda da Igreja nos permite chegar nessa direção.

Século XVI:
“Certamente que os adversários e dissidentes têm lugar na Igreja, assim como todos os
batizados.” O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os adversários e dissidentes podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Igreja e a Coroa estabelecidas nos permitem chegar nessa direção.

Século XVIII:
“Certamente que os colonizados têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os colonizados
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde o Parlamento nos permite
chegar nessa direção.

Século XIX:
“Certamente que os escravos em todo o Império têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.” O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os escravos podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde os proprietários de escravos nos permitem chegar nessa direção.

1900 – até meados de 1960
“Certamente que os afro-americanos têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.” O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os afro americanos A podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Tradição
Branca Norte-americana nos permite chegar nessa direção.

Anos 70
“Certamente que as mulheres têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que as mulheres
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Tradição Teológica
Patriarcal da Igreja nos permite chegar nessa direção.

Século XXI
“Certamente que gays e lésbicas têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que gays e lésbicas
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Teologia Tradicional da
Igreja nos permite chegar nessa direção.

Por Sua Graça Reverendíssima Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária, em 21 de
Setembro de 2007, em New Orleans, EUA
Tradução: Rev. Rodrigo Espiúca



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† † Revmo Dom Ricardo Lorite de Lima / † † The Most Rev'd Ricardo Lorite de Lima
Arcebispo Primaz Metropolitano da Igreja Anglicana do Brasil

sábado, 12 de junho de 2010

A VIDA É BREVE

Meditação: Salmo 102:11-27
A vida é breve
Um dos fatos que desde sempre tem abalado os homens é a transitoriedade de sua vida. Poetas, filósofos e os mais variados autores já explanaram sobre esse tema em suas obras e reflexões. Já dizia o poeta grego Homero que as pessoas se sucedem como as folhas nas árvores. Outro poeta lamentou sobre os anos de sua querida infância que não voltam mais. As vezes nos indagamos: porque nossos anos passam tão rápidos? Na maioria das vezes estamos tão cheios de afazeres que nos esquecemos de aproveitar a brevidade de cada momento.

Também na Bíblia esse tema é abordado diversas vezes. Moisés disse no Salmo 90 que as pessoas não duram mais do que um sonho; são como a erva que brota de manhã e de tarde seca e morre; e Tiago escreve no capítulo 4 de sua epístola: “Vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece”. Essa é uma constatação, nossa missão aqui tem um tempo, por isso façamos desse tempo amor, sorrisos, abraços.

No Salmo 102, versículo 11, o autor afirma que a sua vida é como as sombras do anoitecer e vai secando como o capim. Porém, depois exclama ao dirigir-se a Deus: “Mas tu és sempre o mesmo, e a tua vida não tem fim”.

Há um hino de Natal que ressalta o contraste entre a brevidade da nossa vida e a eternidade de Jesus. Este hino fala do resplendor das velas natalinas e outras belezas do período de Natal que alegram o nosso coração, e de como passam rápido estes momentos alegres. Mas no verso final, o hino deixa bem claro que “Só Jesus nos pode proporcionar alegrias que jamais perecerão”.

O autor do Salmo 102 humilha-se perante Deus e confessa a sua fragilidade, mas regozija-se porque o seu grito de socorro é atendido por um Deus eterno. Também nós podemos ter certeza de que as nossas alegrias passageiras um dia vão ser transformadas em alegrias eternas por causa da nossa fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus que nos amou e se entregou na cruz por nós (Gl 2.20).

Oremos: Senhor Jesus, transforma também as nossas alegrias passageiras em alegrias eternas. Faça de nós eternos. Amém.

REV.MAXMILIANO

sábado, 22 de maio de 2010

Orando com simplicidade

Diariamente, ao meio-dia, um pobre velho entrava no templo e, poucos minutos depois, saía. Certa vez, o reverendo lhe perguntou o que vinha fazer, pois havia objetos de valor no templo.Venho orar respondeu o velho.Mas é estranho como o senhr consegue orar tão depressa, disse o reverendo.Bem retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas. Mas, a cada dia, ao meio-dia,entro no templo e digo:oi Jesus auié o Zé. Em um minuto já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que ele me ouve. Alguns dias depois o Zé sofreu um acidente. Foi internado em um hospital, onde passou a exercer grande influência sobre os outros. Os doentes mais tristes passaram a ficar mais alegres e muitas pessoas desesperadas passaram a ser mais serenas. Um dia a irmã disse:os outros pacientes dizem que foi você quem mudou tudo aqui na enfermaria. Dizem que você está sempre tão alegre! E o Zé: é verdade irmã, estou sempre alegre, é por causa daquela visita que recebo todos os dias, me trazendo felicidade. A irmã atônita, á notara que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Ele era um velho solitário.Que visita? A que horas? E ele, com um brilho nos olhos, respondeu:Diariamente, ao meio-dia, ele vem, fica ao pé da minha cama e quando olho para Ele, Ele sorri e diz:OI ZÉ É O JESUS!
Irmãos, que ensinamento lindo, orar não é ficar repetindo a mesma coisa ou fazer orações compridas, mas orar e se colocar diante de Deus, é ser de Deus e deixar Deus agir em nós. Feliz Pentecostes, deixe a Luz do céu entrar na sua vida e fazer você mais feliz. VEM, ESPÍRITO SANTO DE DEUS.
REV. Max

domingo, 16 de maio de 2010

Domingo da Ascensão

Queridos amigos e irmãos da Missão Anglicana Cristo Bom Pastor; que a Graça, Paz, Amor e Misericórdia nos sejam multiplicados em Jesus Cristo, nosso Senhor!
Hoje comemoramos a Ascensão de Jesus; ele voltou aos Céus para preparar um lugar para nós junto d´Ele! Ele virá dos Céus novamente, e nossa alegria será plena; cabe a nós, nessa expectativa, batalharmos em fazer nossa parte, e o amor aos nossos irmãos, de modo especial aos que mais precisam, é o grande desafio de todos nós nesses tempos onde arrogância, orgulho, individualismo e soberba imperam nos corações e nos atos de muitos.
"De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." (S Tiago, 2)
ML MAX

sábado, 24 de abril de 2010

Missão Anglicana Cristo Bom Pastor
Reitor: ML Maxmiliano Batista de Oliveira

“Queremos oferecer um novo jeito de caminhar para cristo, e não um novo caminho, pois o caminho todos já conhecemos, amar ao próximo como a ti mesmo. A Igreja Anglicana é uma comunidade cristã que busca promover o encontro pessoal do indivíduo com o cristo, sem restrições pois Cristo nos amou de forma única portanto faz-se necessário que sua Igreja acolha esse filho de forma incondicional. A nossa missão é formar adoradores do senhor, indivíduos comprometidos com o bem, com o amor sem pré-conceitos pois como diz o profeta Samuel (7,12 – ATÉ AQUI O SENHOR NOS AJUDOU). O agora depende de nós, mas tenhamos certeza o senhor sempre estará com aqueles que o adoram em espírito e verdade ”

39 Artigos de Religião
Documento Histórico e Base Doutrinária do Anglicanismo
No Concilio realizado em Londres no ano de l562, para evitar a diversidade de opiniões, e estabelecer o comum acordo no tocante à verdadeira Religião. (Livro de Oração Comum, publicado em português em 1866, pela Society for Promoting Christian Knowledg . pg. 432 - 444).

ARTIGO I – DA FÉ NA SANTÍSSIMA TRINDADE.

Há um único Deus, vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo, sem partes nem paixões[1], de infinito poder, sabedoria e bondade; Criador e Conservador[2] de todas as coisas visíveis e invisíveis. E na unidade desta Divindade há três Pessoas, da mesma substância, poder e eternidade: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.

ARTIGO II – DO VERBO OU FILHO DE DEUS, QUE SE FEZ VERDADEIRO HOMEM.

O Filho, que é o Verbo do Pai, gerado ab eterno[3] do Pai, verdadeiro e sempiterno Deus, e consubstancial com o Pai, tomou a natureza humana no ventre da bendita Virgem e da Sua substância; de sorte que as duas inteiras e perfeitas Naturezas, isto é, Divina e Humana, se reuniram em uma Pessoa, para nunca mais se separarem, das quais resultou Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem; que verdadeiramente padeceu, foi crucificado, morto e sepultado, para reconciliar Seu Pai conosco, e ser vítima não só pela culpa original, mas também pelos atuais pecados dos homens.

ARTIGO III – DA DESCIDA DE CRISTO AO HADES.

Assim como Cristo morreu por nós, e foi sepultado; assim também deve ser crido que desceu ao Hades.

ARTIGO IV – DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

Cristo verdadeiramente ressurgiu dos mortos e tomou de novo o Seu corpo, com carne, ossos e tudo o mais pertencente à perfeição da natureza humana; com o que subiu ao Céu, e lá está assentado, até que volte a julgar todos os homens, no derradeiro dia.

ARTIGO V – DO ESPÍRITO SANTO.

O Espírito Santo, procedente do Pai e do Filho, é da mesma substância, majestade e glória que o Pai e o Filho, verdadeiro e eterno Deus.


ARTIGO VI - DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS PARA A SALVAÇÃO.

Escritura Sagrada contém todas as coisas necessárias para a salvação; de modo que tudo o que nela não se lê, nem por ela se pode provar, não deve ser exigido de pessoa alguma seja crido como artigo de Fé ou julgado como requerido ou necessário para a salvação. Pelo nome de Escritura Sagrada entendemos os Livros canônicos do Velho e Novo Testamento, de cuja autoridade jamais houve qualquer dúvida na Igreja.

DOS NOMES E NÚMEROS DOS LIVROS CANÔNICOS.

Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Ruth
Primeiro Livro de Samuel
Segundo Livro de Samuel
Primeiro Livro de Reis
Segundo Livro de Reis
Primeiro Livro de Crônicas
Segundo Livro de Crônicas
Primeiro Livro de Esdras[4]
Segundo Livro de Esdras[5]
Éster

Salmos
Provérbios
Eclesiastes ou Pregador
Cântico dos Cânticos
Os quatro Profetas Maiores
Os doze Profetas Menores.

E os outros Livros (como diz Jerônimo) a Igreja os lê para exemplo de vida e instrução de costumes; mas não os aplica para estabelecer doutrina alguma; tais são os seguintes:

Terceiro livro de Esdras
Quarto Livro de Esdras
ivro de Tobias
Livro de Judite
O restante dos livros de Éster
Livro da Sabedoria
Jesus, filho de Sirac
O Profeta Baruch
O Cântico dos Três Mancebos
A história de Suzana
De Bel e o Dragão
Oração de Manasses
Segundo Livro de Macabeus.

Recebemos e contamos por canônicos todos os Livros do Novo Testamento, como são comumente recebidos.






ARTIGO VII – DO VELHO TESTAMENTO.

O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. Portanto não devem ser ouvidos os que pretendem que os antigos pais só esperaram promessas transitórias. Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.

ARTIGO VIII – DOS CREDOS[6].

O Credo Niceno e o que ordinariamente se chama Símbolo dos Apóstolos[7] devem ser inteiramente recebidos e cridos; porque se podem provar com autoridade muito certas da Escritura Sagrada.

ARTIGO IX – DO PECADO ORIGINAL.

O pecado original não consiste na imitação de Adão (como vãmente pregado pelos Pelagianos); é, porém, a falta e corrupção da Natureza de todo o homem gerado naturalmente da semente de Adão; pelas quais o homem dista muitíssimo da retidão original e é de sua própria natureza inclinado ao mal, de sorte que toda a carne sempre cobiça contra o espírito; e, por isso, toda pessoa que nasce neste mundo merece a ira e condenação de Deus. E esta infecção[8] da natureza ainda permanece também nos que são regenerados, pela qual o apetite carnal chamado em grego Phrônema sarkós (que uns interpretam sabedoria, outros sensualidade, outros afeição e outros desejo carnal), não sujeito à Lei de Deus e apesar de que não há condenação para os que crêem e são batizados, contudo o Apóstolo confessa que a concupiscência e luxúria têm de si mesmas a natureza do pecado.

ARTIGO X – DO LIVRE ARBÍTRIO.

A condição do homem depois da queda de Adão é tal que ele não pode converter-se e preparar-se a si mesmo por sua própria força natural e boas obras, para a fé e invocação a Deus. Portanto não temos o poder de fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus, sem que a graça de Deus por Cristo nos previna[9], para que tenhamos boa vontade, e coopere conosco enquanto temos essa boa vontade.

ARTIGO XI – DA JUSTIFICAÇÃO DO HOMEM.

Somos reputados justos perante Deus, somente pelo mérito do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo pela Fé, e não por nossos próprios merecimentos e obras. Portanto, é doutrina mui saudável e cheia de consolação a de que somos justificados somente pela Fé, como se expõe mais amplamente na Homília da Justificação.

ARTIGO XII – DAS BOAS OBRAS.

Ainda que as boas obras, que são os frutos da Fé, e seguem a Justificação, não possam expiar os nosso pecados, nem suportar a severidade do Juízo de Deus; são, todavia, agradáveis e aceitáveis a Deus em Cristo, e brotam necessariamente duma verdadeira e viva Fé; tanto que por elas se pode conhecer tão evidentemente uma fé viva como uma árvore se julga pelo fruto.

ARTIGO XIII – DAS OBRAS ANTES DA JUSTIFICAÇÃO.

As obras feitas antes da graça de Cristo, e da inspiração do seu espírito[10], não são agradáveis a Deus, porquanto não procedem da fé em Jesus Cristo; nem fazem os homens dignos de receber a graça, nem (como dizem os autores escolásticos) merecem a graça de côngruo; muito pelo contrário visto que elas não são feitas como Deus quis e ordenou que fossem feitas, não duvidamos terem elas a natureza do pecado.


ARTIGO XIV – DAS OBRAS DE SUPEREROGAÇÃO.

As obras voluntárias, que excedem os Mandamentos de Deus, e que se chamam Obras de Supererogação, não se pode ensinar sem arrogância e impiedade; porque por elas declaram os homens que não só rendem a Deus tudo a que são obrigados, mas também a favor dele fazem mais do que, como rigoroso dever, lhes é requerido; ainda que Cristo claramente disse: Quando tiveres feito tudo o que vos está ordenado dizei: Somos servos inúteis.

ARTIGO XV – DE CRISTO, ÚNICO SEM PECADO.

Cristo, na verdade de nossa natureza foi feito semelhante a nós em todas as coisas exceto no pecado, do qual foi totalmente isento, tanto na sua carne como no Seu espírito. Ele veio para ser o Cordeiro imaculado, que, pelo sacrifício de si mesmo uma vez oferecido tirasse os pecados do mundo; e o pecado (como diz S. João) não estava nele. Porém nós, os demais homens, posto que batizados, e nascidos de novo em Cristo, ainda pecamos em muitas coisas; e se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos, e não há verdade em nós.

ARTIGO XVI – DO PECADO DEPOIS DO BATISMO.

Nem todo pecado mortal voluntariamente cometido depois do Batismo é pecado contra o Espírito Santo, e irremissível. Pelo que não se deva negar a graça do arrependimento aos que tiverem caído em pecado depois do Batismo. Depois de termos recebido o Espírito Santo, podemos apartar-nos da graça concedida, e cair em pecado, e pela graça de Deus levantar-nos de novo e emendar nossas vidas. Devem, portanto, ser condenados os que dizem que já não podem pecar mais, enquanto aqui vivem, ou os que negam a oportunidade de perdão às pessoas verdadeiramente arrependidas.

ARTIGO XVII – PREDESTINAÇÃO E ELEIÇÃO.

A predestinação para a vida é o eterno propósito de Deus, pelo qual (antes de lançados os fundamentos do mundo) tem constantemente decretado por seu conselho, a nós oculto, livrar da maldição e condenação os que elegeu em Cristo dentre o gênero humano, e conduzi-los por Cristo à salvação eterna, como vasos feitos para a honra. Por isso os que se acham dotados de um tão excelente benefício de Deus, são chamados segundo o propósito de Deus, por seu Espírito operando em tempo devido; pela graça obedecem à vocação; são justificados gratuitamente; são feitos filhos de Deus por adoção; são criados conforme à imagem de Seu Unigênito Filho Jesus Cristo; vivem religiosamente em boas obras, e enfim chegam, pela misericórdia de Deus, à felicidade eterna.
Assim como a pia consideração da Predestinação, e da nossa Eleição em Cristo, é cheia de um doce, suave, e inexplicável conforto para as pessoas devotas, e os que sentem em si mesmos a operação do Espírito de Cristo, mortificando as obras da carne, e seus membros terrenos, e levantando o seu pensamento às coisas altas e celestiais, não só porque muito estabelece e confirma a sua fé na salvação eterna que hão de gozar por meio de Cristo, mas porque veemente acende o seu amor para com Deus; assim para as pessoas curiosas e carnais, destituídas do Espírito de Cristo, o ter de contínuo diante dos seus olhos a sentença da Predestinação de Deus, é um princípio muitíssimo perigoso, por onde o Diabo as arrasta ao desespero, ou a que vivam numa segurança de vida impuríssima, não menos perigosa que a desesperação.
Além disso devemos receber as promessas de Deus de modo que nos são geralmente propostas nas Escrituras Sagradas; e seguir em nossas obras a Vontade de Deus, que nos é expressamente declarada na Sua Palavra.

ARTIGO XVIII – DE OBTER A SALVAÇÃO ETERNA UNICAMENTE PELO NOME DE CRISTO.

Devem ser também tidos por amaldiçoados os que se atrevem a dizer que todo o homem será salvo pela lei ou seita que professa, contanto que seja cuidadoso em modelar sua vida segundo essa lei e o lume da natureza. Porque a Escritura Santa somente nos propõe o Nome de Jesus Cristo, como único meio pelo qual os homens se hão de salvar.


ARTIGO XIX – DA IGREJA.

A Igreja visível de Cristo é uma congregação de fiéis, na qual é pregada a pura Palavra de Deus, e são devidamente administrados os Sacramentos conforme à Instituição de Cristo em todas as coisas que necessariamente se requerem neles.
Assim como a Igreja de Jerusalém, de Alexandria, e de Antioquia erraram; assim também a Igreja de Roma errou, não só quanto às suas práticas, ritos e cerimônias, mas também em matéria de fé.

ARTIGO XX – DA AUTORIDADE DA IGREJA.

A Igreja tem poder de decretar Ritos ou Cerimônias, e autoridade nas controvérsias da Fé, todavia não é lícito à Igreja ordenar coisa alguma contrária à Palavra de Deus escrita, nem expor um lugar da Escritura de modo que repugne a outro. Portanto, se bem que a Igreja seja testemunha e guarda da Escritura Sagrada, todavia, assim como não é lícito decretar coisa alguma contra ela, também não se deve obrigar a que seja acreditada coisa alguma, que nela não se encontra, como necessária para a salvação.

ARTIGO XXI – DA AUTORIDADE DOS CONCÍLIOS GERAIS[11].

[O vigésimo primeiro artigo dos precedentes é omitido porque é, em parte, dum caráter local e civil, e é provido, no tocante às restantes partes dele, em outros artigos.]

ARTIGO XXII– DO PURGATÓRIO.

A doutrina romana relativa ao Purgatório, Indulgências, Veneração e Adoração tanto de imagens como de relíquias, e também à invocação dos Santos, é uma coisa fútil e vãmente inventada, que não se funda em testemunho algum da Escritura, mas ao contrário repugna à Palavra de Deus.

ARTIGO XXIII – DA MINISTRAÇÃO NA IGREJA.

A ninguém é lícito tomar sobre si o cargo de pregar publicamente, ou administrar os Sacramentos na Congregação, antes que seja legalmente chamado, e enviado a executá-lo. E devemos julgar por legalmente chamados e enviados aqueles que tiverem sido escolhidos e chamados para esta obra pelos homens revestidos publicamente de autoridade, dada a eles na Congregação, para chamar e enviar Ministros à Vinha do Senhor.

ARTIGO XXIV – DA LÍNGUA VERNÁCULA DO CULTO.

Repugna evidentemente à Palavra de Deus, e ao uso da Igreja Primitiva dizer OraçõesPúblicas na Igreja, ou administrar os Sacramentos em língua que o povo não entende.

ARTIGO XXV – DOS SACRAMENTOS.

Os Sacramentos instituídos por Cristo não são unicamente designações ou indícios da profissão dos Cristãos, mas antes testemunhos certos e firmes, e sinais eficazes da graça, e da boa vontade de Deus para conosco pelos quais ele opera invisivelmente em nós, e não só vivifica, mas também fortalece e confirma a nossa fé nele.
São dois os Sacramentos instituídos por Cristo nosso Senhor no Evangelho, isto é, o Batismo e a Ceia do Senhor.
Os cinco vulgarmente chamados Sacramentos, isto é, Confirmação, Penitência, Ordens, Matrimônio, e Extrema Unção, não devem ser contados como Sacramento do Evangelho, tendo em parte emanado duma viciosa imitação dos Apóstolos, e sendo em parte estados de vida aprovados nas Escrituras; não tem, contudo, a mesma natureza de Sacramentos peculiar ao Batismo e à Ceia do Senhor, porque não tem sinal algum visível ou cerimônia instituída por Deus.
Os Sacramentos não foram instituídos por Cristo para servirem de espetáculo, ou serem levados em procissão, mas sim para devidamente os utilizarmos. E só nas pessoas que dignamente os recebem é que produzem um saudável efeito ou operação; mas os que indignamente os recebem adquirem para si mesmos a condenação, como diz São Paulo.


ARTIGO XXVI – DA INDIGNIDADE DOS MINISTROS, A QUAL NÃO IMPEDE O EFEITO DOS SACRAMENTOS.

Ainda que na Igreja visível os maus sempre estejam misturados com os bons, e às vezes os maus tenham a principal autoridade na Administração da Palavra e dos Sacramentos; todavia, como o não fazem em seu próprio nome, mas no de Cristo, e em comissão e por autoridade dele administram, podemos usar do seu Ministério, tanto em ouvir a Palavra de Deus, como em receber os Sacramentos. Nem o efeito da ordenança de Cristo é tirado pela sua iniqüidade, nem a graça dos dons de Deus diminui para as pessoas que com fé e devidamente recebem os Sacramentos que se lhe administram; os quais são eficazes por causa da instituição e promessa de Cristo, apesar de serem administrados por homens maus.
Não obstante, à disciplina da Igreja pertence que se inquira acerca dos Ministros maus, e que sejam estes acusados por quem tenha conhecimento de seus crimes; e sendo, enfim, reconhecidos culpados, sejam depostos mediante justa sentença.

ARTIGO XXVII – DO BATISMO.

O Batismo não só é um sinal de profissão e marca de diferença, com que se distinguem os Cristãos dos que o não são, mas também um sinal de Regeneração ou Nascimento novo, pelo qual, como por instrumento, os que recebem o Batismo devidamente, são enxertados na Igreja; as promessas da remissão dos pecados, e da nossa adoção como filhos de Deus pelo Espírito Santo, são visivelmente marcadas e seladas, a Fé é confirmada, e a Graça aumentada por virtude da oração de Deus.
O Batismo das crianças deve conservar-se de qualquer modo na Igreja como sumamente conforme à instituição de Cristo.

ARTIGO XXVIII – DA CEIA DO SENHOR.

A Ceia do Senhor não só é um sinal de mútuo amor que os cristãos devem ter uns para com os outros; mas antes é um Sacramento da nossa Redenção pela morte de Cristo, de sorte que para os que devida e dignamente, e com fé o recebem, o Pão que partimos é uma participação do Corpo de Cristo; e de igual modo o Cálice de Bênção é uma participação do Sangue de Cristo.
A Transubstanciação (ou mudança da substância do Pão e Vinho) na Ceia do Senhor, não se pode provar pela Escritura Sagrada; mas antes repugna às palavras terminantes da Escritura, subverte a natureza do Sacramento, e tem dado ocasião a muitas superstições. O Corpo de Cristo é dado, tomado, e comido na Ceia, somente dum modo celeste e espiritual. E o meio pelo qual o Corpo de Cristo é recebido e comido na Ceia é a Fé.
O Sacramento da Ceia do Senhor não foi pela ordenança de Cristo reservado, nem levado em procissão, nem elevado, nem adorado.

ARTIGO XXIX – DOS ÍMPIOS, QUE NÃO COMEM O CORPO DE CRISTO NA CEIA DO SENHOR.

Os ímpios, e os destituídos da fé viva, ainda que carnal e visivelmente comprimam com os dentes (como diz Santo Agostinho) o Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo; nem por isso são de maneira alguma participantes de Cristo: mas antes, para sua condenação, comem e bebem o sinal ou Sacramento de uma coisa tão importante.

ARTIGO XXX – DE AMBAS AS ESPÉCIES.

O Cálice do Senhor não se deve negar aos Leigos; porque ambas as partes do Sacramento do Senhor, por instituição e ordem de Cristo, devem ser administradas a todos os cristãos igualmente.






ARTIGO XXXI – DA ÚNICA OBLAÇÃO DE CRISTO CONSUMADA NA CRUZ.

A oblação de Cristo uma só vez consumada é a perfeita redenção, propiciação, e satisfação por todos os pecados, tanto originais como atuais, do mundo inteiro; e não há nenhuma outra satisfação pelos pecados, senão esta unicamente. Portanto os sacrifícios das Missas, nos quais vulgarmente se dizia que o Sacerdote oferecia Cristo para a remissão da pena ou culpa, pelos vivos ou mortos, são fábulas blasfemas e enganos perigosos.

ARTIGO XXXII – DO CASAMENTO DE SACERDOTES.

Os Bispos, Presbíteros e Diáconos não são obrigados, por preceito algum da lei de Deus, a votar-se ao estado celibatário, ou abster-se do matrimônio; portanto é-lhes lícito, como aos demais Cristãos, casar como entenderem, se julgarem que isso lhes é mais útil à piedade.

ARTIGO XXXIII - COMO DEVEMOS EVITAR AS PESSOAS EXCOMUNGADAS.


Aquele que por denúncia pública da Igreja for justamente separado da unidade da Igreja, e suspenso da Comunhão, deve ser tido por pagão e publicano por todos os fiéis, até que seja, mediante penitência, recebido na Igreja por um juiz que tenha autoridade para isso.


ARTIGO XXXIV – DAS TRADIÇÕES DA IGREJA.

Não é necessário que as tradições e Cerimônias sejam em toda parte as mesmas, ou totalmente semelhantes; porque em todos os tempos tem sido diversas, e podem ser alteradas segundo as diversidades dos países, tempo e costumes dos homens, contanto que nada se estabeleça contrário à Palavra de Deus. Todo aquele que por seu particular juízo, com ânimo voluntário e deliberado, quebrar manifestamente as Tradições e Cerimônias da Igreja, que não são contrárias à Palavra de Deus, e se acham estabelecidas e aprovadas pela autoridade comum, (para que outros temam fazer o mesmo), deve ser publicamente repreendido, como quem ofende a ordem comum da Igreja, fere a autoridade do Magistrado, e vulnera as consciência dos irmãos débeis.
Toda a Igreja particular ou nacional tem autoridade, para ordenar, mudar e abolir as Cerimônias ou Ritos da Igreja, instituídos unicamente pela autoridade humana, contanto que tudo se faça para edificação.

ARTIGO XXXV – DAS HOMILIAS.

O Segundo livro das Homílias, cujos títulos reunimos abaixo deste artigo, contém doutrina pia, saudável e necessária para estes tempos, como também o primeiro livro das Homílias, publicado ao tempo de Eduardo VI; e portanto julgamos que devem ser lidas pelos Ministros, diligente e distintamente nas Igrejas, para que sejam entendidas pelo povo.

DOS NOMES DAS HOMILIAS:

1. Do uso correto da Igreja.
2. Contra o perigo da idolatria.
3. Do reparo e asseio das Igrejas.
4. Das boas obras: principalmente jejum.
5. Contra a glutonaria e embriaguez.
6. Contra o luxo do vestuário.
7. Da oração
8. Do lugar e Templo da Oração.
9. De como Orações e Sacramentos se devem ministrar em língua conhecida
10. Da reverente estima à Palavra de Deus.
11. Das esmolas.
12. Da natividade de Cristo.
13. Da Paixão de Cristo.
14. Da ressurreição de Cristo.
15. Da digna recepção do Sacramento do Corpo de Cristo.
16. Dos dons do Espírito Santo.
17. Para os dias de Rogações.
18. Do estado do matrimônio.
19. Do arrependimento.
20. Contra a ociosidade.
21. Contra a rebelião.

[Este Artigo é recebido nesta Igreja enquanto declara que os livros das Homílias são explicações da doutrina cristã, e se destinam à instrução na piedade e moralidade. As referências à constituição e leis da Inglaterra são, porém, consideradas implacáveis às circunstâncias desta Igreja pelo que está suspensa também a ordem para leitura das referidas Homílias nas Igrejas, até que se proceda à revisão que se impõe, para livrá-las tanto de palavras obsoletas como das referências de natureza local.]

ARTIGO XXXVI – DA SAGRAÇÃO DE BISPOS E MINISTROS[12].

O livro da Sagração de Bispos, e Ordenação de Presbíteros e Diáconos, estabelecido pela Convenção Geral desta Igreja em 1792 contém tudo quanto é necessário para a referida Sagração e Ordenação; nem há nele coisa alguma que seja por si mesma supersticiosa e ímpia. E, por conseqüência, todos aqueles que são sagrados ou ordenados segundo a referida Fórmula, decretamos que todos eles são reta, canônica e legalmente ordenados.

ARTIGO XXXVII – DO PODER DOS MAGISTRADOS CIVIS[13].

O poder do Magistrado Civil estende-se a todos os homens, tanto Clérigo como Leigos, em todas as coisas temporais; porém não tem autoridade alguma em coisa puramente espirituais. E temos por dever de todos os homens que professam o Evangelho o renderem obediência respeitosa à Autoridade Civil, que é regular e legitimamente constituída.

ARTIGO XXXVIII - DE QUE NÃO SÃO COMUNS OS BENS ENTRE CRISTÃOS.

As riquezas e bens dos cristãos não são comuns quanto ao direito, título e posse, como falsamente apregoam certos anabatistas. Todos, no entanto, das coisas que possuem devem dar liberalmente esmola aos pobres, segundo o seu poder.

ARTIGO XXXIX – DO JURAMENTO DUM CRISTÃO.

Assim como confessamos que o Juramento vão e temerário é proibido aos cristãos por nosso Senhor Jesus Cristo, e por Tiago, seu apóstolo, assim também julgamos que a religião cristã de nenhum modo proíbe que uma pessoa jure quando o Magistrado o exige em causa de fé e caridade; contanto que isto se faça segundo a doutrina do profeta, em justiça, juízo e verdade.
Assim como confessamos que o Juramento vão e temerário é proibido aos cristãos por nosso Senhor Jesus Cristo, e por Tiago, seu apóstolo, assim também julgamos que a religião cristã de nenhum modo proíbe que uma pessoa jure quando o Magistrado o exige em causa de fé e caridade; contanto que isto se faça segundo a doutrina do profeta, em justiça, juízo e verdade.
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[1] "... indivisível não sujeito à paixões..."

[2] "... Sustentador... "

[3] "... da eternidade..."

[4] Esdras

[5] Neemias

[6] Os 39 artigos da Igreja Episcopal Reformada trazem: "... Dos Três Credos..."

[7] Nos 39 artigos da Igreja Episcopal Reformada consta assim: "... Os três credos a saber: os Credos Niceno, Atanasiano e o que normalmente se chama Credo ou “Símbolo dos Apóstolos"

[8] "... contaminação..."

[9] "... preceda..."

[10] "... Espírito..."

[11] "... Concílios Gerais não devem ser reunidos sem o mandamento e a vontade de Príncipes. E quando eles se reúnem (sendo uma assembléia de homens, onde sem todos são regidos pelo Espírito e pela Palavra de Deus) podem errar, e às vezes têm errado, mesmo nas coisas pertencentes a Deus. Portanto, o que por eles é ordenado como necessário à salvação não possui força nem autoridade, exceto se for declarado que eles o extraíram das Sagradas Escrituras"

[12] "... O Livro de Consagração de Arcebispos e Bispos e ordenação de Presbíteros e Diáconos, acontecido no tempo do Rei Edward VI, contém todas as coisas necessárias à referida Consagração e ordenação; Não há nele coisa alguma que seja por si mesma supersticiosa e ímpia. Por conseqüência, todos aqueles que tenha sido consagrados ou ordenados segundo os ritos do referido Livro, desde o segundo ano do reinado do Rei Edward VI até os dias de hoje, ou que aos que forem consagrados e ordenados segundo os mesmo ritos, são e serão reta, canônica e licitamente consagrados e ordenados".

[13] "... A Majestade do Rei tem o supremo poder no Reino da Inglaterra, e nos outros seus domínios; pertence-lhe o supremo governo de todos os Estados do referido reino,assim eclesiásticos como civis, em todas as suas causas, e não é, e nem pode ser sujeito a nenhuma jurisdição estrangeira. Quando atribuímos à Majestade o Rei, o supremo governo (título que, segundo havemos alcançado, temos ofendido os ânimos de alguns caluniadores), não queremos dar aos nossos Príncipes a administração da Palavra de Deus, nem a dos Sacramentos, coisas que as mesmas ordenanças ultimamente promulgadas pela Rainha Elizabeth I, provam com maior evidência; mas unicamente a prerrogativa que nas Sagradas Escrituras vemos, foi sempre dada por Deus a todos os Príncipes piedosos; isto é, que todos eles governassem, mantendo em seu dever todos os estados e classes entregues por Deus a todos os Príncipes piedosos; isto é, que eles governassem, mantendo em seu dever todos os estados e classes entregues por Deus a seu cargo fossem eclesiásticos ou temporais, refreassem com espada civil os contumazes e malfeitores.
O Bispo de Roma não tem jurisdição alguma no reino da Inglaterra.
As leis do Reino poderão castigar os cristãos com pena de morte, por crimes graves e capitais.
É lícito aos cristãos, por ordem do Magistrado, pegar em armas e servir nas forças armadas.

Obs: As referências à Constituição e Leis da Inglaterra são porém, consideradas inaplicáveis em nosso país, tendo em vista a Constituição da República Federativa do Brasil, não aplicar a pena de morte por ser considerado inconstitucional.

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Extraído do Livro de Oração Comum da Igreja Episcopal do Brasil (1950), p. 601-611.

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CONFIRMAÇÃO DOS ARTIGOS.

Este Livro dos referidos Artigos foi aprovado e confirmado para ser recebido e executado em todo o Reino, pelo assenso e consentimento da nossa Soberana, a Senhora dona Elizabeth I, pela graça de Deus, Rainha do Reino da Inglaterra, França, e Irlanda, Defensora Fé, etc. Os quais Artigos foram deliberadamente lido e de novo confirmados, e subscritos pela própria mão de todos os Arcebispos, e Bispos da Câmara Alta, e pelas assinaturas de todo o Clero da Câmara Baixa, na sua Convocação, no ano de nosso Senhor de 1571.


Ser anglicano é ser você mesmo, buscando viver o verdadeiro sentido da palavra CRISTIANISMO.

domingo, 18 de abril de 2010

REFLEXÃO

Bendito seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

O ser humano na sua busca pela felicidade foi encontrando caminhos. Uns bem comuns outros nem tanto. Mas o bonito de todos os caminhos é quando neles existem amor.Ai pergunto: amar é crime? amar é pecado? amar é nojento? Acredito que nossa resposta srá não.Já que amar não é crime, mas é doação, vida. Portanto porque tanto preconceito, ou seja conceitos distorcidos de amor. Muito me revolta ver irmãos cristãos sendo excluídos, perseguidos por cristãos. Precisamos aprender a viver a unidade na diversidade, respeitar a opção, a escolha de cada um. Joguemos fora a hipocrisia, o moralismo nojento de alguns setores religiosos, vivamos o amor e isso basta. Mas o problema de muitos religiosos e cristãos é que confundem servir a Deus, em ser Deus, julgando e condenando as pessoas. Se Deus não faz acepção de pessoas, quem esses hipocritas pensam que enganam, acho que a si mesmos. Desculpem, mas as vezes sinto que o Deus que sirvo não é o mesmo que esses irmãos pregam.

ML Max

domingo, 28 de março de 2010

Meditação Dominical

A paz esteja conosco
Neste domingo de Ramos,possamos viver o maior mandamento do Cristo:"Amai uns aos outros como eu vos amei" Amar sem receber nada em troca. Amar sem a exigência de ser amado. Amar de forma incondicional. Viva a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, viva o Deus da vida que hoje entra com amor e vitória em sua casa em sua vida. Uma santa semana a todos nós.
ML Max

sexta-feira, 19 de março de 2010

Um pouco da história do Anglicanismo

O Anglicanismo
Origem
Não se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas, mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.
A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.
No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, o Grande, mandou uma comissão de monges, chefiada pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Cecília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária, figura centralizadora da Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Boa parte dos costumes celtas cederam à dominante forma romana e latina do cristianismo ocidental.
Em 1534, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se da questão com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão.
Esta separação, não obstante tenha acontecido por interesses pessoais e políticos, era um velho sonho da Igreja da Inglaterra, que nunca tinha aceito plenamente a dominação Romana. Não se pode, portanto, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana. Este processo de separação, em meio à Reforma Protestante, não marcava o surgimento de uma nova Igreja, mas sim a alforria (libertação) definitiva de uma Igreja Cristã que se desenvolvia desde o século III de nossa era.
Com a libertação dos domínios da Igreja Romana, a Igreja da Inglaterra passa a denominar-se Anglicana. Tornando-se a Igreja oficial da Inglaterra. Teve como Igreja mãe a Catedral de Cantuária, e seu bispo passou a ser o Primaz da Igreja Anglicana, o qual é o símbolo da Comunhão Anglicana Mundial.
A Igreja Anglicana está no brasil a 200 anos, a primeira Igreja foi construída no Rio de Janeiro em 1810. O anglicanismo se compreendeu desde sua separação com Roma, como uma Igreja Reformada e Católica.
Reformada – na medida em que ela foi moldada pelos princípios da Reforma Protestante do século XVI. O caráter mais reformado encontra-se na expressão dos 39 Artigos da Religião. Os quais expressão com muita objetividade a essência do anglicanismo. No entanto os costumes e a liturgia da Igreja Anglicana está no LOC (Livro de Oração Comum).
Católica – na medida em que se definiu como uma parte da igreja universal de Jesus Cristo, em perfeita sucessão apostólica. Mantendo em suas celebrações o ritual da Igreja do primeiros tempos do cristianismo.
ML. Max
cf. www.cofe.anglican.org

sábado, 13 de março de 2010

Ensinamentos de fé 3

Por: Maxmiliano Batista de Oliviera Ministro Licenciado da IAB
Queridos amigos (a) da Missão Cristo Bom Pastor, Arquidiocese Anglicana Thomas Cranmer. Neste 4º Domingo da Quaresma, somos convidados, pela santa Igreja, a refletir sobre a parábola do filho pródigo. (CF.LC. 15, 11-32). Esse texto bíblico retrata de forma incondicional o amor de um pai para com o filho. Esse amor revelado por Jesus nessa parábola nos mostra que Deus está Vivo e continua a amar seus filhos como nos primórdios. Sim, Deus vós ama, ama muito e não se esqueceu de seu povo, que vive muitas das vezes, devido a catástrofes e outras situações em um vale de lágrimas em busca da Salvação para todos os seus amados. Este amor de misericórdia que inicia aqui e termina na Eternidade em união com todos os nossos queridos que já foram chamados aos braços do Pai. (Cf. Is. 49,1-6).
Depois de muita festa, bebedeiras esse filho percebeu que tinha quase tudo, menos os braços amáveis de seu pai, compreendeu então que sem o abraço do pai não poderia mais ser feliz. O que o filho depois dessa constatação fez? Voltou para os braços daquele que o ama acima de tudo.
Hoje eu te convido: volte aos braços de seu Deus, permita que Ele te conduza pelos vales e campinas verdejantes. (CF. SL. 23,2). Que te leve a plena paz. Não temas em abraçá-lo novamente, Ele é teu Deus.
Depois de muitos temporais que se passa e passou em nossas vidas sempre vem o sol a brilhar das trevas geradas pela degradação humana de todos os tempos e idades. Muitas das vezes nos tornamos egoístas, queremos tudo para nós, acreditando que sozinhos podemos tudo. Mas percebemos que não podemos repetir a história de ciúmes e inveja como de Cai e Abel (CF. Gênesis 4,3-4) não sigamos pelas vielas das fraquezas do ser humano, que não deseja o pecado, mas por falta de luz, contemplação, mística acaba por cair em tentação e por fim, realizar todo o tipo de mal a humanidade.
Deus não faz acepção de pessoas, Jesus Cristo em sua jornada carnal pelo Mundo jamais condenou ou discriminou pessoas. Não mandou matar, não mandou queimar fogueiras, não mandou torturar, não mandou caluniar e muito menos dar excomunhões.
Deus é amor, misericórdia e compaixão quem assim não age deixa de assemelhar-se com Deus e passa a revelar-se contra Deus.
Quem não ama jamais poderá sentir o amor de Deus. Muito menos pregar ou agir em nome Dele. Quem não ama deixa de ser a semelhança de Deus.
Amemo-nos como Ele nos amou, voltemo-nos a casa do PAI. E aqui lanço uma dica aos religiosos e aos cristãos. Precisamos resgatar o bem, para todos os crentes. Aceitarmos nossos irmãos mesmo que tenham outras formas, crenças de amar a Deus, se assim compreendermos estaremos constatando a verdade do livro dos Atos (CF. AT. 4,12). Onde afirma: “o Espírito sopra onde quer”. Portanto não precisamos de Dogmas de sua Excelsa capacidade, onisciência, potência, etc. Afirmo que ninguém, igreja alguma tem Deus como sua propriedade. O PAI é nosso, e não desse ou daquele. Deus é amor, tudo o que fizermos no amor será bom aos olhos de Deus.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O que significa ser anglicano

Texto afixado na entrada da Catedral de Cantuária: Paróquia-Mãe da Igreja Anglicana - Inglaterra
Ser Anglicano significa...

1.Ser parte da Igreja de Cristo, sem excluir ou isolar-se de outros cristãos, participando da vida do povo de Deus, com suas alegrias e tristezas.

2.Pertencer a uma comunidade onde cada pessoa é respeitada em sua individualidade e pode utilizar os seus talentos.

3.Apresentar uma teologia baseada nas Escrituras Sagradas e na Tradição, coerente com a inteligência e com a razão.

4.Estar disposto a celebrar a unidade na diversidade.

5.Considerar com serenidade as Escrituras Sagradas, sem crer que cada passagem deva ser interpretada literalmente.

6.Preferir a liberdade em Cristo, mais que a uniformidade de opiniões.

7.Sentir devoção e reverência pelos Sacramentos, sem tentar definir cada ponto desses grandes mistérios.

8.Conceber o ministério como dever e privilégio de todos os batizados.

9.Insistir na moralidade (aquilo que é bom, edifica) e evitar o moralismo (que define a salvação decorrente de uma conduta e não pela obra de Cristo).

10. Participar da herança apostólica, a fé no Evangelho de Cristo.

11. Ser parte de uma história antiga e sagrada, que se renova a cada dia.

12. Crer que a Igreja é de todos e que todos têm o privilégio de sustentá-la segundo a possibilidade de cada um.

13. Participar da administração e do governo da Igreja segundo a ordem estabelecida.

14. Pertencer a uma família internacional, intercultural e inter-racial que, por mandato de Cristo, proclama o Evangelho até o último rincão da terra.

MAX

domingo, 7 de março de 2010

Ensinamentos de fé 2

Bendito seja Deus Pai, Filho e Espírito Santo
3º Domingo da Quaresma - LC 13,1-9

Prezados amigos (a) o evangelho de Lucas trata de um tema muito discutido entre o povo cristão, a conversão. Lucas chama a atenção para o ato misericordioso de Deus, ato esse cheio de Graça. A graça de Deus abunda entre nós, mas cabe a nós aceitá-la. Esta graça nos renova, nos torna seguidores desse Deus misericordioso. A conversão nada mais é do que a busca constante desta graça transformadora, que nos edifica, nos mostra a cada momento que é preciso voltar ao abraço com Deus e deixá-lo nos seduzir por sua misericórdia, assim seremos mais cristãos conosco e com nosso semelhante. De nada vale não comer isso ou aquilo, nesse ou naquele tempo, se não formos cheios da graça e da misericórdia para com os outros. O período da quaresma é um convite ao silêncio a meditação, para que possamos ouvir mais a graça de Deus e transformar a árvore infrutífera em uma planta cheia de frutos do amor, da misericórdia, da paz e da tolerância. Amigos (a) ser anglicano é converter-se a cada dia em uma pessoa melhor. "O arqueiro molda a flecha, o carpinteiro a madeira e o sábio a si mesmo" Sejamos esse sábio que vai se lapidando a luz do evangelho.
Bendito seja o nome Santo de Deus.
rev. Maxmiliano Batista

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ensinamentos de fé 1

Bendito seja Deus Pai, Filho e Espírito Santo
Neste 2º Domingo da Quaresma, convido vocês ao ensinamento de fé que o evangelho de João nos apresenta no capítulo 3,1-7...

Quando Jesus afirma a Nicodemos que para entrar no reino de Deus é preciso nascer de novo, Ele coloca no coração daquele homem uma dúvida: "como nascer de novo?" E o evangelho deixa bem claro, que nós precisamos a cada dia ser a nossa mais nova edição. Não podemos viver dos ressentimentos, das frustrações, dos medos, das infermidades, das angústias. Precisamos nascer de novo, para nós mesmos a cada dia, o nascimento de um novo amor pela vida,uma nova coragem para enfrentar as coisas do presente, um novo olhar sobre aquilo que nos cerca, uma nova esperança de que podemos e somos capazes de atravessar a cada dia o mar vermelho. Queridos amigos (as) Hoje é o dia que o Senhor fez para nós, portanto deixe esse Deus de luz encher sua vida de luminosidade e seja a cada momento sua mais nova edição. Pois ontem é passado e não temos como mudá-lo, o amanhã é futuro ainda não aconteceu, portanto o Hoje é o nosso maior presente, abra-o e viva o seu presente. Assim estarás nascendo de novo para um novo momento de bençãos em sua maravilhosa vida.
Bendito seja Jesus Cristo
ML Max Batista

sábado, 27 de fevereiro de 2010

venha caminhar conosco

SEJAM TODOS BEM VINDOS!!!

Bem-vindo à Igreja Anglicana DO BRASIL
Esta pequena introdução chega até você de uma parte da família de Deus. Queremos compartilhar com você o que temos. Esperamos que você se sinta livre para unir-se a nós em nossa caminhada de fé.

Nossa História de caminhada. . .
Deus tem o hábito de agitar as coisas! Quando Deus se fez Homem, Ele incomodou os líderes religiosos da época. Não é surpreendente que um dos sinais da presença continuada de Jesus na Igreja é que as pessoas ainda são levadas a fazer coisas que perturbam.
Quando as pessoas fazem uma caminhada por Deus, elas são desafiadas Freqüentemente por líderes religiosos que fazem a pergunta: "Com que Autoridade vocês agem desta maneira?" Parece presunçoso sugerir que uma Autoridade venha de Deus. Jesus disse aos Seus discípulos para irem pelo mundo como testemunhas, cheias do Seu Espírito. Estamos tentando ser obedientes a esse chamado. Gostaríamos que você se juntasse a nós.

O que Exige uma caminhada? . . .
A resposta curta para essa pergunta é que ela exige muito sacrifício. Quando nos reunimos em torno do altar de Deus, dizemos a Deus: "Aqui oferecemos e apresentamos a Vos, ó Senhor, a nós mesmos, com nossas almas e os nossos corpos, nossas conquistas e derrotas, nossas certezas e incertezas, como uma oferta a vós Deus Santo e Vivo.
Por todo este país, pequenos grupos de pessoas estão Fundando Missões cristãs na Tradição Anglicana / Episcopal. Algumas famílias se reúnem. Talvez comecem em uma casa ou uns salões aluguem. Elas empregam uma quantidade enorme de energia, talento fé, para em comunidade servir de sinal do amor majestoso de Deus, que tanto nos quer. À medida que uma nova missão cresce, ela compra um terreno e, finalmente, constrói uma igreja. Na família de cada igreja, pessoas comuns, velhos e jovens, encontram o Deus vivo, aprendem qual é a Sua vontade e Tornam-se Seus seguidores.
O Cristianismo é uma fé missionária. Espalhou-se do Oriente para Europa e da Europa para o Novo Mundo, África, Ásia e Oceania. Homens e mulheres arriscaram tudo para Cumprir uma tarefa missionária. Como a Igreja terrena é formada de meros mortais, ela faz coisas erradas de tempos em tempos. Deus Resgata a Sua Igreja Através de vidas que foram mudadas. Há mais de quatrocentos anos, na Inglaterra aconteceu a Reforma, ingleses e alguns dos Clérigos arriscaram suas vidas para chamar a Igreja de volta à sua fé e missão. Eles não Criaram uma "nova igreja". Eles reformaram uma parte da Igreja Essa Igreja reformada se chama Igreja da Inglaterra. (Anglicana). A maioria dos primeiros colonizadores da América do norte pertencia a essa Igreja.

DEUS TRABALHA ATRAVÉS DAS PESSOAS?...
Acreditamos estar fazendo a vontade de Deus testando as nossas crenças pelo testemunho da Igreja. O que isso significa? Deus trabalha Através das pessoas. As pessoas que anotam suas experiências. O maior livro de experiências chama-se Bíblia. Deus inspirou os seus escritores para que registrarem aquilo que Ele Revelou. Ao Seu povo e, em especial, Através da vida, morte, ressurreição e ascensão do Seu Filho. Nós somos uma igreja bíblica, sem crer que cada passagem deva ser interpretada literalmente.

O QUE É A TRADIÇÃO?...
Nosso Senhor chamou os Apóstolos, OS SUCESSORES. E estes indicaram seus SUCESSORES. Que são os bispos, sacerdotes, diáconos e leigos – que deixaram para a Igreja relatos de suas experiências. Nos Credos, sermões, livros a respeito de Deus, reflexões sobre a Bíblia, relatos de vidas santas, nós aprendemos como o chamado de Deus é ouvido e vivido de geração em geração, isto É o que chamamos de Tradição. Tradição não significa uma voz morta do passado, mas uma voz viva de Deus falando ao Seu povo. Nós somos uma Igreja tradicional, sem ser imóvel.

E as Pessoas Comuns? . . .
Todos os Cristãos são pessoas comuns. O que difere são as ordens estabelecidas pelo Senhor. Há quatro ordens de pessoas na Igreja. São os bispos, que são novos Apóstolos, sacerdotes, que compartilham o chamado apostólico; e diáconos, que nos inspiram a sermos servos do Senhor. Os leigos formam uma ordem quarta.
Os leigos compartilham plenamente da nossa caminhada de fé. Eles são Chamados a participar plenamente do culto de adoração. Nossa liturgia, o Livro de Oração Comum, assegura que o culto de adoração seja realizado por todo o povo, e não apenas por um ministro.
Os leigos são Chamados a partilhar plenamente o ofício religioso. Na missão local, o povo de Deus tem uma propriedade sua e Exerce o ministério entre si Através de seus Representantes Eleitos. Isto também é verdade na Igreja como um todo. Os leigos divulgam o Evangelho, Ajudam os necessitados e dão exemplos do amor de Deus.

O tempo não pára ...
A Igreja não DEVE perder suas Tradições Históricas, suas raízes, sua ligação com os apóstolos e primeiros cristãos. Todavia, também não DEVE ficar parada no tempo. È preciso se adaptar à cultura, a arte, à moda: com bom gosto, ética e decência. Assim é a Igreja Anglicana: tradicional e moderna, liberal e conservadora. Onde o antigo e o moderno se encontram e se abraçam.

Equivale isto tudo a Quê? . . .
Na linguagem técnica nossa Jurisdição é uma Igreja Anglicana Continuante. "Com continuante 'queremos dizer que ela permanece constante na fé passada a nós pelos nossos antepassados na Igreja Anglicana, uma Grande Igreja Ocidental e todo o percurso Retroativo até a Igreja Primitiva fundada pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo Através dos Seus Apóstolos", porém se abrindo para o novo, sem medo da modernidade, dando continuidade ao Anglicanismo Histórico, onde os diferentes se encontram e se completam, onde há lugar para todos. Nossas crenças baseiam-se nos ensinamentos da Bíblia, como são explicados nos Credos e na Tradição da Igreja, coerente com uma inteligência e com uma razão. Os seus bispos detêm consagrações válidas e estão em Sucessão Apostólica, com os originais que foram escolhidos pelo próprio Cristo. A liturgia em uso é o Livro de Oração Comum.
A nossa família não é um clube exclusivo, está aberta indiscriminadamente a todos que desejarem conhecer, adorar e servir Nosso Senhor. O testemunho da Igreja Anglicana é “duplo”. Ela existe para pregar e dar testemunho da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme Estabelecido nos ensinamentos da Bíblia e da Tradição da Igreja. A nossa Igreja é uma família de Cristãos dedicados a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Estamos alicerçados na tradição, Vivendo o presente e olhando para o futuro, e você está convidado participar de nossa família.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Igreja e um pouco de sua Doutrina

Uma igreja ecumênica e inclusiva

O ecumenismo faz parte do modo de ser dos anglicanos. Eles oram e trabalham para que as demais igrejas busquem a unidade em amor e obediência a Deus como um só corpo pela ação e poder do Espírito Santo. Os anglicanos acreditam que o trabalho da igreja é pregar o evangelho da reconciliação para o universo inteiro e não só para a parte que se considera cristã. Deus em Cristo restaurou a natureza humana decaída naquilo que ela devia ser. Desse modo, quem vive em Cristo está livre do pecado. Uma nova esperança assegura a certeza do reino de Deus. A razão de ser da igreja é anunciar essa esperança.
Como pessoas anglicanas, também temos orgulho porque somos parte de uma igreja que compreende que a inclusividade é um dos valores centrais não só de nossa Comunhão, mas do Reino de Deus, respeitando as diferenças e fazendo delas um jardim ofertado a Ele, convidando a todos para estar em harmonia conosco. Sentimo-nos chamados por Cristo a testemunhar nossa fé e nosso amor na gloriosa liberdade de filhos e filhas de Deus e nos comprometemos a continuar construindo uma Igreja ampla, acolhedora e missionária.
Doutrinas básicas

O quadrilátero de Chicago-Lambeth, de 1888, define quatro princípios básicos que permeiam as igrejas da Comunhão Anglicana:

1. As Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamentos, "contendo tudo o que é necessário para a salvação", como a regra e padrão de fé.

2. O Credo dos Apóstolos, como símbolo batismal; e o Credo Niceno, como a declaração suficiente da fé cristã.


3. Os dois sacramentos ordenados por Cristo: Batismo e Ceia do Senhor - ministrados com o uso infalível das palavras de Cristo, e dos elementos ordenados por Ele.
Obs.: Sacramentos menores, não ordenados diretamente por Jesus, mas reconhecidos pela igreja como tendo caráter sacramental. São eles: a Confirmação, a Penitência, as Ordens Ministeriais, o Matrimônio e a Unção dos Enfermos.

4. O Episcopado Histórico, adaptado localmente nos métodos de administração às necessidades variadas das nações e povos chamados por Deus para unidade de Sua Igreja.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Missão

Missão Anglicana Cristo Bom Pastor
“Queremos oferecer um novo jeito de caminhar para cristo, e não um novo caminho pois o caminho todos já conhecemos, amar ao próximo como a ti mesmo. A Igreja Anglicana é uma comunidade cristã que busca promover o encontro pessoal do indivíduo com o cristo, sem restrições pois Cristo nos amou de forma única portanto faz-se necessário que sua Igreja acolha esse filho de forma incondicional. A nossa missão é formar adoradores do senhor, indivíduos comprometidos com o bem, com o amor sem pré-conceitos pois como diz o profeta Samuel (7,12 – ATÉ AQUI O SENHOR NOS AJUDOU). O agora depende de nós, mas tenhamos certeza o senhor sempre estará com aqueles que o adoram em espírito e verdade ”
ML Max Batista