terça-feira, 29 de junho de 2010

INAUGURAÇÃO

PAX DOMINI

Felizes estamos, pela bela inauguração do Templo anglicano do bairro canasvieiras, aqui em Floripa. Foi no dia 27/06/10, onde os irmãos congregaram da palavra e da partilha do amor de Deus. O lema do Santo Culto foi: "Deus é amor" portanto tudo que se faz no amor é bom aos olhos de Deus. Parabéns a todos que se empenharam nesse momento tão nobre para nossa comunidade de fé. Agradeço a expressão de congratulação dos irmãos de outras igrejas que participaram conosco desse momento. Pois para nossa comunidade as diferenças religiosas são flores do mesmo jardim. São ramos da mesma árvore. Portanto, são todas verdadeiras.

Paz e bem
Rev. Maxmiliano

domingo, 13 de junho de 2010

A VOZ DAS ERAS

Texto do líder máximo do Anglicanismo Mundial, o Arcebispo de Cantuária, Sua Graça Reverendíssima Dr. Dom Rowan Williams


ROWAM WILLIAMS: A VOZ DAS ERAS

Século I:
“Certamente que os gentios têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os gentios
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a teologia tradicional nos
permite chegar nessa direção.

Século VII:
“Certamente que os seguidores de Agostinho têm lugar na Igreja, assim como todos os
batizados.”
O debate é não apenas sobre a data da Páscoa, mas sobre os limites do cuidado pastoral
adequado e o lugar que os seguidores de Roma podem ocupar nos cargos eclesiásticos.
A questão é até onde a tradição Celta da Igreja nos permite chegar nessa direção.

Século XII:
“Certamente que os anglo-saxões têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado, e o lugar que os Anglo-saxões podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a tradição Normanda da Igreja nos permite chegar nessa direção.

Século XVI:
“Certamente que os adversários e dissidentes têm lugar na Igreja, assim como todos os
batizados.” O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os adversários e dissidentes podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Igreja e a Coroa estabelecidas nos permitem chegar nessa direção.

Século XVIII:
“Certamente que os colonizados têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os colonizados
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde o Parlamento nos permite
chegar nessa direção.

Século XIX:
“Certamente que os escravos em todo o Império têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.” O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os escravos podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde os proprietários de escravos nos permitem chegar nessa direção.

1900 – até meados de 1960
“Certamente que os afro-americanos têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.” O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que os afro americanos A podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Tradição
Branca Norte-americana nos permite chegar nessa direção.

Anos 70
“Certamente que as mulheres têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que as mulheres
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Tradição Teológica
Patriarcal da Igreja nos permite chegar nessa direção.

Século XXI
“Certamente que gays e lésbicas têm lugar na Igreja, assim como todos os batizados.”
O debate é sobre os limites do cuidado pastoral adequado e o lugar que gays e lésbicas
podem ocupar nos cargos eclesiásticos. A questão é até onde a Teologia Tradicional da
Igreja nos permite chegar nessa direção.

Por Sua Graça Reverendíssima Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária, em 21 de
Setembro de 2007, em New Orleans, EUA
Tradução: Rev. Rodrigo Espiúca



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† † Revmo Dom Ricardo Lorite de Lima / † † The Most Rev'd Ricardo Lorite de Lima
Arcebispo Primaz Metropolitano da Igreja Anglicana do Brasil

sábado, 12 de junho de 2010

A VIDA É BREVE

Meditação: Salmo 102:11-27
A vida é breve
Um dos fatos que desde sempre tem abalado os homens é a transitoriedade de sua vida. Poetas, filósofos e os mais variados autores já explanaram sobre esse tema em suas obras e reflexões. Já dizia o poeta grego Homero que as pessoas se sucedem como as folhas nas árvores. Outro poeta lamentou sobre os anos de sua querida infância que não voltam mais. As vezes nos indagamos: porque nossos anos passam tão rápidos? Na maioria das vezes estamos tão cheios de afazeres que nos esquecemos de aproveitar a brevidade de cada momento.

Também na Bíblia esse tema é abordado diversas vezes. Moisés disse no Salmo 90 que as pessoas não duram mais do que um sonho; são como a erva que brota de manhã e de tarde seca e morre; e Tiago escreve no capítulo 4 de sua epístola: “Vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece”. Essa é uma constatação, nossa missão aqui tem um tempo, por isso façamos desse tempo amor, sorrisos, abraços.

No Salmo 102, versículo 11, o autor afirma que a sua vida é como as sombras do anoitecer e vai secando como o capim. Porém, depois exclama ao dirigir-se a Deus: “Mas tu és sempre o mesmo, e a tua vida não tem fim”.

Há um hino de Natal que ressalta o contraste entre a brevidade da nossa vida e a eternidade de Jesus. Este hino fala do resplendor das velas natalinas e outras belezas do período de Natal que alegram o nosso coração, e de como passam rápido estes momentos alegres. Mas no verso final, o hino deixa bem claro que “Só Jesus nos pode proporcionar alegrias que jamais perecerão”.

O autor do Salmo 102 humilha-se perante Deus e confessa a sua fragilidade, mas regozija-se porque o seu grito de socorro é atendido por um Deus eterno. Também nós podemos ter certeza de que as nossas alegrias passageiras um dia vão ser transformadas em alegrias eternas por causa da nossa fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus que nos amou e se entregou na cruz por nós (Gl 2.20).

Oremos: Senhor Jesus, transforma também as nossas alegrias passageiras em alegrias eternas. Faça de nós eternos. Amém.

REV.MAXMILIANO